sábado, 27 de fevereiro de 2010

Degustação de Vinho


Degustação de vinho em Minas ou em São Paulo...rssss
- Hummm...
- Hummm...
- Eca!!!
- Eca?! Quem falou Eca?
- Fui eu, sô! O senhor num acha que esse vinho tá com um gostim estranho?
- Que é isso?! Ele lembra frutas secas adamascadas, com leve toque de trufas brancas, revelando um retrogosto persistente, mas sutil, que enevoa as papilas de lembranças tropicais atávicas...
- Putaquepariu sô! E o senhor cheirou isso tudo aí no copo?!
- Claro! Sou um enólogo laureado. E o senhor?
- Cebesta, eu não! Sou isso não senhor!! Mas que isso aqui tá me cheirando iguarzinho à minha egüinha Gertrudes depois da chuva, lá isso tá!
- Ai, que heresia! Valei-me São Mouton Rothschild!
- O senhor me desculpe, mas eu vi o senhor sacudindo o copo e enfiando o narigão lá dentro. O senhor tá gripado, é?
- Não, meu amigo, são técnicas internacionais de degustação entende? Caso queira, posso ser seu mestre na arte enológica. O senhor aprenderá como segurar a garrafa, sacar a rolha, escolher a taça, deitar o vinho e, então...
- E intão moiá o biscoito, né? Tô fora, seu frutinha adamascada!
- O querido não entendeu. O que eu quero é introduzi-lo no...
- Mais num vai introduzi mais é nunca! Desafasta, coisa ruim!
- Calma! O senhor precisa conhecer nosso grupo de degustação. Hoje, por exemplo, vamos apreciar uns franceses jovens...
- Hã-hã... Eu sabia que tinha francês nessa história lazarenta...
- O senhor poderia começar com um Beaujolais!
- Num beijo lê, nem beijo lá! Eu sô é home, safardana!
- Então, que tal um mais encorpado?
- Óia lá, ocê tá brincano com fogo...
- Ou, então, um suave fresco!
- Seu moço, tome tento, que a minha mão já tá coçando de vontade de meter um tapa na sua cara desavergonhada!
- Já sei: iniciemos com um brut, curto e duro. O senhor vai gostar!
- Num vô não, fio de um cão! Mas num vô, memo! Num é questão de tamanho e firmeza, não, seu fióte de brabuleta. Meu negócio é outro, qui inté rima com brabuleta...
- Então, vejamos, que tal um aveludado e escorregadio?
- E que tal a mão no pédovido, hein, seu fióte de Belzebu?
- Pra que esse nervosismo todo? Já sei, o senhor prefere um duro e macio, acertei?
- Eu é qui vô acertá um tapão nas suas venta, cão sarnento! Engulidô de rôia!
- Mole e redondo, com bouquet forte?
- Agora, ocê pulô o corguim! E é um... e é dois... e é treis! Num corre, não, fiodaputa! Vorta aqui que eu te arrebento, sua bicha fedorenta!...
Luiz Fernando Veríssimo

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Teresinha de Jesus




Teresinha de Jesus
De uma queda foi ao chão
Acudiram três cavalheiros
Todos três chapéu na mão

O primeiro foi seu pai
O segundo seu irmão
O terceiro foi aquele
Que a Teresa deu a mão

Teresinha levantou-se
Levantou-se lá do chão
Sorrindo disse ao noivo:
- Eu te dou meu coração

Conclusões:
Nessa cantiga de roda, de domínio público, temos a história de Teresinha, socorrida por três homens, todos três de chapéu na mão. Mas só ao terceiro entregou o coração.
Temos a definição de numeral: é a palavra que indica uma quantidade de seres ou a posição que um ser ocupa numa determinada série
Os numerais classificam-se em :
a)Cardinais – indicam um número exato de seres;
Ex.:” Acudiram três cavalheiro.”
Um, dois – feijão com arroz
Três, quatro - feijão no prato”
b)Ordinais – indicam o número da ordem, a posição ocupada numa determinada série;
Ex.: “ O primeiro foi seu pai
O segundo foi seu irmão
O terceiro foi aquele
Que a Teresa deu a mão”
c)Fracionários – indicam uma divisão, ma fração;
Ex.: “ Oh, pedaço de mim
Oh, metade afastada de mim.” (Chico Burque )
d)Multiplicativos – indicam uma quantidade multiplicada.
Ex.: Farei o maior número possível de jogos triplos.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

PALAVRÃO versus PALAVRÃO

Maiores palavras da língua portuguesa
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

As maiores palavras da língua portuguesa são:

1.Anticonstitucionalissimamente[1], com 29 letras, é a maior palavra do nosso idioma. É um advérbio e descreve algo que é efectuado de maneira muito anticonstitucional, ou seja que é oposto à constituição.
2.Oftalmotorrinolaringologista[2] (português brasileiro), com 28 letras, é o especialista em doenças dos olhos, ouvidos, nariz e garganta, no entanto é uma palavra considera obsoleta.
3.Inconstitucionalissimamente, com 27 letras, é o advérbio de inconstitucional e designa o mais alto grau de inconstitucionalidade. É tida geralmente como a mais longa palavra de língua portuguesa pelo Guinness Book of Records.
4.Otorrinolaringologista[3], com 22 letras, é o médico que se ocupa dos ouvidos, garganta e nariz. Inconstitucionalíssimo, com 22 letras, adjectivo, masculino singular, derivação de inconstitucional. Inconstitucionalíssima, com 22 letras, adjectivo, feminino singular, derivação de inconstitucional.
[editar] Palavras não consideradas
O plural das palavras não é considerado.
Termos técnicos usados na química e em outras ciências. Por exemplo, pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico, com 46 letras que é uma amalgama de síndromes ou tetrabromometacresolsulfonoftaleína que é um corante usado em reacções químicas, com 35 letras. Tais palavras ocupariam o primeiro lugar. Nesse contexto, a maior palavra do mundo seria o nome químico para a proteína conhecida como Titina[4], que contém 189819 letras.
Nomes ou palavras fictícias tais como, Lopadotemakhoselakhogaleokranioleipsanodrimypotrimmatosilphiokarabomelitokatakekhymenokikhlepikossyphophattoperisteralektryonoptekephalliokinklopeleiolagōiosiraiobaphētraganopterygṓn que é o nome de um prato fictício criado por Aristófanes e é constituído por 182 letras.

Para Luís Fernando Veríssimo : Palavrões também são importantes
Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo fazendo sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que vingará plenamente um dia. Sem que isso signifique a "vulgarização" do idioma, mas apenas sua maior aproximação com a gente simples das ruas e dos escritórios, seus sentimentos, suas emoções, seu jeito, sua índole. "Pra caralho", por exemplo. Qual expressão traduz melhor a idéia de muita quantidade do que "Pra caralho"? "Pra caralho" tende ao infinito, quase uma expressão matemática. A via-láctea tem estrelas pra caralho, o Sol é quente pra caralho, o universo é antigo pra caralho, eu gosto de cerveja pra caralho, entende? No gênero do "Pra caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso "Nem fodendo!". O "Não, não e não!" e tampouco o nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade "Não, absolutamente não!" o substituem. O "Nem fodendo" é irretorquível, e liquida o assunto. Te libera, com a consciência tranqüila, para outras atividades de maior interesse em sua vida. Aquele filho pentelho de 17 anos te atormenta pedindo o carro pra ir surfar no litoral? Não perca tempo nem paciência. Solte logo um definitivo "Marquinhos, presta atenção, filho querido, NEM FODENDO!". O impertinente se manca na hora e vai para Shopping se encontrar com turma numa boa e você fecha os olhos e volta a curtir o CD do Caetano Veloso. Por sua vez, o "porra nenhuma!" atendeu tão plenamente as situações onde nosso ego exigia não só a definição de uma negação, mas também o justo escárnio contra descarados blefes, que hoje é totalmente impossível imaginar que possamos viver sem ele em nosso cotidiano profissional. Como comentar a bravata daquele chefe idiota senão com um "é PhD porra nenhuma!", ou "ele redigiu aquele relatório sozinho porra nenhuma!". O "porra nenhuma", como vocês podem ver, nos provê sensações de incrível bem estar interior. É como se estivéssemos fazendo a tardia e justa denúncia pública de um canalha. Há outros palavrões igualmente clássicos. Pense na sonoridade de um "Puta-que-pariu!", ou seu correlato "Puta-que-o-pariu!", falados assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba... Diante de uma notícia irritante qualquer um "puta-que-o-pariu!" dito assim te coloca outra vez em seu eixo. Seus neurônios têm o devido tempo e clima para se reorganizar e sacar atitude que lhe permitirá dar um merecido troco ou o safar de maiores dores de cabeça. E o que dizer de nosso famoso "vai to mar no cu!"? E sua maravilhosa e reforçadora derivação "vai tomar no meio do seu cu!". Você já imaginou o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta:"Chega! Vai tomar no meio do seu cu!". Pronto, você retomou as rédeas de sua vida, sua auto-estima. Desabotoa a camisa e saia à rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios. E seria tremendamente injusto não registrar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu!". E sua derivação mais avassaladora ainda: "Fodeu de vez!". Você conhece definição mais exata, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação? Expressão, inclusive, que uma vez proferida insere seu autor em todo um providencial contexto interior de alerta e autodefesa. Algo assim como quando você está dirigindo bêbado, sem documentos do carro e sem carteira de habilitação e ouve uma sirene de polícia atrás de você mandando você parar: O que você fala? "Fodeu de vez!". Sem contar que o nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de "foda-se!" que ela fala. Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!"? O "foda-se!" aumenta minha auto-estima, me torna uma pessoa melhor. Reorganiza as coisas. Me liberta. "Não quer sair comigo? Então foda-se!". "Vai querer decidir essa merda sozinho(a) mesmo? Então foda-se!". O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituição Federal. Liberdade, igualdade, fraternidade e foda -se!

domingo, 14 de fevereiro de 2010

SIM ou NÃO

Enquanto o amor ferir
E o pranto a dor sarar
Não digo "não"
Nem dou o "sim"
Deixo meu coração
Chorar por mim.

Comentários:
Ora, se tomarmos a palavra SIM, isoladamente, com ceerteza podemos afirmar que é um advérbio de afirmação; no entanto, na situaqção em que a palavra SIM aparece na música, trata-se de um substantivo, inclusive acompamhado de um artigo:"Nem dou o sim". Ocorre, dessa forma, um caso de deirvação imprópria.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Meu bem-querer

Meu bem-querer
É segredo, é sagrado
Está sacramentado
Em meu coração
Meu bem-querer
Tem um quê de pecado
Acariciado pela emoção
Meu bem-querer, meu encanto
Tô sofrendo tanto
Amor
E o que é o sofrer
Para mim que estou
Jurado pra morrer de amor.
Comentários:
Processos de formação de palavras
Na letra da música podemos relembrar este processos:
1) quando as palavras se formam a partir de uma única palavra primitiva, por exemplo pedra, temos o porcesso de derivação, por exemplo pedrada,pedreira, pedregulho, pedra-da-lua.
2) quando as palavras se formam pela junção de dois ou mais radicais, temos o processo de composiçao.
Na música acima temos três bons exemplos de derivação imprópria: o sustantivo composto BEM-QUERER, queé formado por um advérbio (BEM) e um verbo(QUERER);a palavra QUE, a qual, quando tomada isoladamente funciona como pornome ou conjunção, aparece substantivada(daí o acento circunflexo QUÊ)a forma verbal SOFRER também é, no texto, um substantivo: O SOFRER, ISOT É, O AOT DE SOFRER.

Poemas Caipiras


Oi Meu Amor !

Ti quero ocê
Kinem uma foto bunita prá oíá
Uma frô xerosa prá xerá
Uma boca vermeia pra bejá

Ti quero ocê
Kinem uma bala gostosa pra xupá
Um xocolate crocante pra mordê
Um sorvete de morango pra lambê

Ti quero ocê
Kinem massa de pão pra amassá
Uma bunda linda pra biliscá
Um docinho de leite pra comê

Ti quero ocê
De um jeito quarqué
Do jeito ki ocê quisé
Do jeito ki ocê dexá

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Cuitelinho



Cheguei na beira do porto
Onde as ondas se espáia
As garças dão meia volta
E senta na beira da praia
E o cuitelinho não gosta
Que o botão da rosa caia, ai, ai, ai
Aí quando eu vim da minha terra
Despedi daq parentaia
Eu entrei no Mato Grosso
Dei em terras paraguaias
Lá tinha revolução
Enfrentei fortes bataia, ai, ai, ai
A tua saudade corta
Como aço de navaua
O coração fica aflito
Bate uma, a outra faia
Os óio se enche d`água
E até a vista se atrapaia, ai, ai, ai

Letra de música de : joão Paulo e Daniel
Cantor: Pena Branca e Xavantinho
Nilton Nascimento
Comentários:
Cuitelinho é outro nome que o beija-flor recebe no norteste brasileiro.
As palavras: espáia, parentaia, navaia, faia, atrapaia são termos usados na linguagem do sertão.
na linguagem culta da lingua portuguesa seriam: espalha, parentalha, navalha, falha, atrapalha
Vamos e venhamos a poesia ficou mais bonita assim com as palavras caipiras, deu ritmo a canção.
No youtube seja a música tocada pela Orquesta Mojiminiana de Viola Caipira